
Você é o silêncio e eu todas as palavras.
Logo eu que tenho um milhão de perguntas a fazer, e tantas outras que nem sei como perguntar. Você desconversa, se faz de bobo e adora falar entrelinhas, afinal qual o significado de "entrelinhas" se não um espaço enorme entre a barra de ferramentas e o cabeçalho?
Você fala baixinho, e eu sou aquela que grita, grito com os olhos a procura de suas respostas não concluída. Você sempre foi assim, fala muito e não responde nada.
Você adora me ver irritada, tudo bem. Deve ser legal ver alguém como eu me descabelando a procura de palavras. Você ri. Ja não sei se é proposital, mas você sabe o quanto amo o som da sua gargalhada.
Quando falo sobre nós, dói. Uma dor que pode ser aliviada com palavras. Eu tenho tantas perguntas a fazer e essas dores constantes podem ser aliviadas com suas respostas. Mas você gosta de bancar o bobo, desentendido e o diabo a quatro, eu odeio o fato de você conseguir me desmontar como uma casinha de boneca todas as vezes que me abraça. Eu odeio esse estrago desnecessário que faz em mim.
Pode ir, não precisa dramatizar, não precisa abraçar nem pedir perdão. Pode ir. Mas fique se tem vontade de ficar.
Porque quando falo sobre nós, é isso que eu sinto: paradoxo de ideias.
E você daria um jeitinho de me mostrar que o que vale mesmo é o que tem dentro de nós.
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