Um rápido diálogo ás 11:50 horas da manhã.

- Você gosta de escrever né? - interrogou.
- Sim. - respondi simplesmente.
- Quer ser escritora? - Perguntou suspirando.
- Acho que não. - Respondi meia confusa, com um olho no gato e o outro no peixe.
- Mas você não gosta de escrever? - repetiu a primeira pergunta, agora em um tom indignado.
- Sim. - respondi mais tranquila do que o normal.
- E então?! - insistiu.
- Acho que seria meio chato ser escritora. - respondi por fim.
- Mas você gosta de escrever! - dessa vez exclamou.
- Sim! - fiz questão de responder.
- Mas e então?! - insistiu.
- Acho que seria meio chato escrever por obrigação. Ter sempre que escrever algo... Tenho medo que algum dia as palavras acabem... - Fiz questão de deixar bem claro, com uma voz aguda.
- Mas você escreve sobre amor. - Não foi uma pergunta, mas para mim pareceu ser.
- Sim. - respondi.
- E então?! - exclamou.
- O que? - perguntei.
- Você sente medo de que algum dia suas palavras acabem, não é? Mas você escreve sempre sobre amor... e acho que o amor nunca acaba.  - argumentou.
- É. - respondi tentando ser breve.
- E então?! - exitou novamente.
- Hum não sei. Eu gosto de escrever... gosto mais ainda de escrever sobre amor. Mas por enquanto não quero que minhas palavras se prendam... Ainda prefiro sentir o amor do que só escrever sobre ele. - falei por fim.